TY - JOUR AU - Vilarino, Júnior PY - 2023/02/14 Y2 - 2024/03/28 TI - Perímetros urbanos, parâmetros racistas: Conceição Evaristo no mapa da literatura Belo-Horizontina JF - Gláuks - Revista de Letras e Artes JA - Gláuks VL - 22 IS - 3 SE - Artigos DO - 10.47677/gluks.v22i3.327 UR - https://www.revistaglauks.ufv.br/Glauks/article/view/327 SP - 174-194 AB - <p>Considerando-se o critério da <em>diversidade</em>, adotado por Jacyntho Lins Brandão ao selecionar os artigos constitutivos da obra <em>Literatura Mineira: Trezentos anos</em>, o objetivo inicial deste artigo é mapear, no escopo dessa seleção, uma geografia cultural da diferença, a qual garantiu a contemplação crítica e histórica de escritas periféricas, entre as quais a de Conceição Evaristo. Destacam-se diferentes leituras, efetuadas por alguns artigos, da pertença dessa autora à literatura mineira. Posteriormente, a análise da presença de Evaristo no volume <em>Literatura Mineira: Trezentos anos</em> será ensejo para que se retome o romance <em>Becos da Memória </em>(narrativa e paratexto imagético) e se evidenciem entraves sociais e estímulos culturais ao letramento literário de Maria-Nova, narradora-personagem, no espaço da favela. Espera-se demonstrar que, a despeito da ausência de referentes espaciais explícitos, esse letramento revela o incitamento sistêmico de negros à periferia, aludindo, a um só tempo, à apartação urbana e educacional dos favelados na cidade de Belo Horizonte e à segregação literária imposta aos discursos desses citadinos no âmbito da literatura mineira. O despertar de Maria-Nova para a literatura, malgrado a precariedade de condições para seu letramento, combinaria fatores propícios e adversos, fazendo da favela um espaço heterotópico, caracterizado por um processo de abertura-fechamento.</p> ER -